Por Natasha Romanzoti em 22.05.2013 as 16:00

Vagina: o único órgão encontrado apenas em mamíferos, mas não em peixes, anfíbios, répteis ou pássaros. Não somos sortudos?
E como surgiu esse diferencial da nossa classe?
Há uma velha piada sobre má concepção que questiona que tipo de designer iria colocar os canos de esgoto bem no meio do centro de entretenimento. É uma boa observação. Não faz sentido, do ponto de vista do design, que o nosso sistema excretor e reprodutivo sejam tão intimamente misturados. Já do ponto de vista puramente histórico, faz muito sentido.
A reprodução é uma função excretora – é o momento no qual liberamos gametas produzidos internamente. E, se já temos um ótimo conjunto de tubos em execução a partir de nosso interior para o exterior, por que não usá-los?
O desenvolvimento da vagina
O desenvolvimento nos conta uma parte da história de como surgiu a vagina. Os trato reprodutivo e urinário são entrelaçados no início do nosso desenvolvimento, surgindo juntos de dois pares de canais, os ductos de Müller e de Wolff, que são modificados de forma complexa para formar uma série de rins (da qual mantemos apenas o último, os metanefros) , um conjunto de vias para os testículos, e ainda um outro conjunto para os ovários das fêmeas.
Nos mamíferos que não pertencem a subclasse Theria, todos estes tubos têm um destino comum, uma única saída para o mundo exterior: a cloaca.
“Cloaca” é latim para “esgoto”, que é um nome bem apropriado. O terminal do intestino grosso fica lá, bem como as extremidades dos ureteres a partir dos rins e dos ovários ou testículos. Tudo é despejado para a cavidade da cloaca, fazendo um belo ensopado de fezes, urina e esperma ou óvulos.
Mamíferos marsupiais e placentários dispensaram algumas dessas funções, e expandiram outras. Uma parte do oviduto adquiriu um epitélio vascularizado e especializações para investir e nutrir um embrião residente, tornando-se um útero. Isso é uma função surpreendente e inovadora em si, mas, além disso, também formou, de um outro canal separado, a vagina. A vagina é uma estrutura completamente nova, que não tem homólogo em anfíbios ou répteis.
Essa é uma observação interessante. É uma estrutura totalmente original que surgiu algum tempo depois da separação monotreme-marsupial, uma novidade evolucionária. Como isso aconteceu? Como podemos estudar um evento único, que ocorreu mais de 150 milhões de anos atrás?
Alterações profundas
O pressuposto básico de uma abordagem de evolução molecular para o estudo das novidades evolutivas é que as mudanças na regulação desenvolvimental deixam vestígios na estrutura molecular do genoma, e que um estudo genômico comparativo das estruturas deve ser capaz de identificar alterações genéticas coincidentes com uma novidade fenotípica.
Pesquisadores usaram essa abordagem para tentar descobrir como surgiu a vagina.
Esse processo de consolidação e individuação deve ter deixado cicatrizes detectáveis no genoma – os genes envolvidos devem ter adquirido alterações necessárias para corrigir o fenótipo na população.
Essas alterações teriam sido feitas aos genes reguladores que controlam especificamente a expressão gênica de tecido. E que genes são esses?
Existem alguns prováveis candidatos, como os genes HoxA, que têm regiões de domínio específicas no trato reprodutivo feminino.
A questão é saber se há alguma evidência de que esses genes particulares têm sinais de qualquer conjunto de mudanças que estejam associadas com transições particulares na evolução de vertebrados – em particular, existem diferenças que podem ser rastreadas para a transição entre os monotremados e os Theria, e entre placentários e marsupiais – e, de acordo com a pesquisa feita até agora, a resposta parece ser sim.

Mas ainda há muito a ser feito. Os genes Hox são bastante elevados na cadeia de genes regulatórios, por isso há muitos mais genes que precisam ser analisados. Nós também estamos muito longe de descobrir como esses padrões de expressão gênica definiram os processos morfogenéticos que criaram essa estrutura adorável – a vagina. O importante, porém, é que existem estas questões à espera de serem respondidas – um problema para a ciência investigar.
Essa é a graça da biologia evolutiva: perguntas interessantes, antepassados excitantes, e a promessa de ferramentas para entendermos mais e melhor nosso corpo e nossa história.[ScienceBlogs, HSW]

Vagina: o único órgão encontrado apenas em mamíferos, mas não em peixes, anfíbios, répteis ou pássaros. Não somos sortudos?
E como surgiu esse diferencial da nossa classe?
Há uma velha piada sobre má concepção que questiona que tipo de designer iria colocar os canos de esgoto bem no meio do centro de entretenimento. É uma boa observação. Não faz sentido, do ponto de vista do design, que o nosso sistema excretor e reprodutivo sejam tão intimamente misturados. Já do ponto de vista puramente histórico, faz muito sentido.
A reprodução é uma função excretora – é o momento no qual liberamos gametas produzidos internamente. E, se já temos um ótimo conjunto de tubos em execução a partir de nosso interior para o exterior, por que não usá-los?
O desenvolvimento da vagina
O desenvolvimento nos conta uma parte da história de como surgiu a vagina. Os trato reprodutivo e urinário são entrelaçados no início do nosso desenvolvimento, surgindo juntos de dois pares de canais, os ductos de Müller e de Wolff, que são modificados de forma complexa para formar uma série de rins (da qual mantemos apenas o último, os metanefros) , um conjunto de vias para os testículos, e ainda um outro conjunto para os ovários das fêmeas.
Nos mamíferos que não pertencem a subclasse Theria, todos estes tubos têm um destino comum, uma única saída para o mundo exterior: a cloaca.
“Cloaca” é latim para “esgoto”, que é um nome bem apropriado. O terminal do intestino grosso fica lá, bem como as extremidades dos ureteres a partir dos rins e dos ovários ou testículos. Tudo é despejado para a cavidade da cloaca, fazendo um belo ensopado de fezes, urina e esperma ou óvulos.
Mamíferos marsupiais e placentários dispensaram algumas dessas funções, e expandiram outras. Uma parte do oviduto adquiriu um epitélio vascularizado e especializações para investir e nutrir um embrião residente, tornando-se um útero. Isso é uma função surpreendente e inovadora em si, mas, além disso, também formou, de um outro canal separado, a vagina. A vagina é uma estrutura completamente nova, que não tem homólogo em anfíbios ou répteis.
Essa é uma observação interessante. É uma estrutura totalmente original que surgiu algum tempo depois da separação monotreme-marsupial, uma novidade evolucionária. Como isso aconteceu? Como podemos estudar um evento único, que ocorreu mais de 150 milhões de anos atrás?
Alterações profundas
O pressuposto básico de uma abordagem de evolução molecular para o estudo das novidades evolutivas é que as mudanças na regulação desenvolvimental deixam vestígios na estrutura molecular do genoma, e que um estudo genômico comparativo das estruturas deve ser capaz de identificar alterações genéticas coincidentes com uma novidade fenotípica.
Pesquisadores usaram essa abordagem para tentar descobrir como surgiu a vagina.
Esse processo de consolidação e individuação deve ter deixado cicatrizes detectáveis no genoma – os genes envolvidos devem ter adquirido alterações necessárias para corrigir o fenótipo na população.
Essas alterações teriam sido feitas aos genes reguladores que controlam especificamente a expressão gênica de tecido. E que genes são esses?
Existem alguns prováveis candidatos, como os genes HoxA, que têm regiões de domínio específicas no trato reprodutivo feminino.
A questão é saber se há alguma evidência de que esses genes particulares têm sinais de qualquer conjunto de mudanças que estejam associadas com transições particulares na evolução de vertebrados – em particular, existem diferenças que podem ser rastreadas para a transição entre os monotremados e os Theria, e entre placentários e marsupiais – e, de acordo com a pesquisa feita até agora, a resposta parece ser sim.

Mas ainda há muito a ser feito. Os genes Hox são bastante elevados na cadeia de genes regulatórios, por isso há muitos mais genes que precisam ser analisados. Nós também estamos muito longe de descobrir como esses padrões de expressão gênica definiram os processos morfogenéticos que criaram essa estrutura adorável – a vagina. O importante, porém, é que existem estas questões à espera de serem respondidas – um problema para a ciência investigar.
Essa é a graça da biologia evolutiva: perguntas interessantes, antepassados excitantes, e a promessa de ferramentas para entendermos mais e melhor nosso corpo e nossa história.[ScienceBlogs, HSW]
(Foto: Maíra Medeiros)A francesinha é um estilo de unha conhecido há muito tempo pelas manicures. Ele surgiu em meados da década de 20 pelas prostitutas francesas que, para esconderem a sujeira que ficava embaixo das unhas, pintavam as pontas de branco. Os anos passaram e com isso os hábitos de higiene mudaram, mas a francesinha permaneceu. E com a criatividade das mulheres, surgiu a inglesinha. Que nada mais é que uma francesinha com cores e técnica diferentes, mas com a resultado final bem parecido.
(Foto: Maíra Medeiros)Com as unhas limpas e com base, aplique o tom predominante da unha (geralmente mais claro), neste caso o nude.
(Foto: Maíra Medeiros)Caso você tenha uma boa coordenação motora, pinte a ponta da unha a mão livre. Senão, deixe o esmalte secar completamente e cole um adesivo guia (ou fita crepe) deixando apenas a parte a ser pintada exposta e aplique o esmalte colorido.
(Foto: Maíra Medeiros)Limpe o excesso de esmalte com palito e removedor de esmaltes.
(Foto: Maíra Medeiros)Finalize com uma camada de extra brilho ou base incolor, para ter uma maior durabilidade. Porém, pule esta etapa se um dos esmaltes for fosco.
"Great Wall of Vagina", de Jamie McCartney
Listar os procedimentos que mulheres se submetem para ficar mais bonitas, atraentes, seguras e bem consigo mesmas chega a ser exaustivo. O padrão de beleza pede alisamento dos cabelos, dietas milagrosas, unhas feitas, depilação de todos o corpo e, mais recentemente, uma sucessão de procedimentos médicos ou quase médicos.








Quando o desejo se torna um problema. (foto: iStock)Sexo é uma delícia e todos nós adoramos pensar no assunto. Algumas pessoas gostam mais do que outras e isso independe do gênero. O apreço pelo sexo muda de indivíduo para indivíduo e querer fazer sexo todo dia com seu parceiro não indica que você é viciado.
Gene chamado CKIdelta não é o único envolvido na enxaqueca. (Foto: iStock)Pesquisadores descobriram o primeiro gene cuja mutação está fortemente associado à forma mais comum de enxaqueca, o que poderia abrir o caminho para uma compreensão melhor desta doença de causas desconhecidas, segundo estudo publicado esta quarta-feira nos Estados Unidos.




