segunda-feira, 12 de agosto de 2013

CRIANÇAS ESCRAVAS DO SEXO:





Exploração sexual de crianças e adolescentes não é novidade no Brasil. Aliás, não é novidade em país algum, afinal a exploração sexual infantil transformou-se no terceiro mais rentável comércio no mundo inteiro. Segundo a UNICEF, cerca de 250 mil crianças estão prostituídas no Brasil em 927 municípios do país. Mas esse número pode ser maior e chegar até 2 milhões. Dois milhões de infâncias despedaçadas.

Muitas dessas crianças estão vulneráveis devido a sua situação socioeconômica. Famílias vendem suas filhas à cafetões porque não têm como sustentá-las. São pequenas cidadãs que caíram na rua para vender seu corpo ainda infantil em troca de algumas moedas para comer. Várias dessas meninas nem menstruaram ainda, não possuem nem se quer partes do corpo feminino desenvolvido. Mas as mãos de homens já tocaram, usaram e gastaram sua inocência incontáveis vezes. É por isso que tantas usam do pouco dinheiro que ganham com a prostituição para se drogar. O jornalista Leonardo Sakamoto, especialista em Direitos Humanos, conta em seu blog que “ver meninas, que deveriam estar estudando fórmula de báskara para a prova, alugar seus corpos para sobreviver ou para garantir o faz-me-rir de alguém dá um misto de raiva e sensação de impotência”.








O mais assustador é que segundo a polícia brasileira, a maioria dos “clientes” são brasileiros de classe média alta e rica, empresários bem sucedidos, aparentemente bem casados e, algumas vezes, com filhos adultos ou crianças. Estrangeiros que chegam especialmente ao Nordeste brasileiro em busca de sexo. Em outras palavras, homens sem caráter, de mente doentia.

Conforme dados do Departamento Nacional de Polícia Rodoviária Federal em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos, o Pará é o segundo estado brasileiro com maior número de pontos de prostituição infantil nas estradas, atrás apenas do Mato Grosso. São meninas de oito anos de idade oferecendo seu corpo em troca de um prato de comida. Crianças que deveriam estar na escola comendo Ana Maria no recreio, na praia construindo castelos de areia, em casa brincando de Barbie. Mas estão na beira da estrada, trabalhando três, quatro horas, com cerca de cinco desumanos tarados parceiros por dia.






Sakamoto confessa: “É muito triste ver uns tiquinhos de gente entrando em boleias de caminhões, na madrugada de estradas, por alguns trocados, como cansei de ver. Ou as “putas com idade de vaca velha”, ou seja, 12 anos, em bordeis da Amazônia.”.

O Brasil precisa de uma política de combate à prostituição infantil para erradicar esse abuso contra crianças. É necessário muito mais do que panfletos e cartazes que alertam o turista sobre a legislação brasileira e pedofilia. Essas meninas estão sujeitas a todo tipo de exploração e abuso, além de doenças sexualmente transmissíveis como a AIDS e gravidez indesejada. Com isso, estão suscetíveis a praticar aborto ilegal com agulhas de crochê que podem acabar matando não apenas o feto, mas a si mesmas.

Mas o pior não é a miséria que as levam a prostituição, o pior é quem aceita tocar o corpo inocente de uma criança. A pedofilia é crime. Denuncie.

Ouvidoria-Geral da Cidadania

Telefone: (55 61) 2025.3116
E-mail: disquedireitoshumanos@sdh.gov.br

http://www.disquedenuncia.org.br

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